Elon Musk está cada vez mais metido na política — e, como sempre, faz isso à sua maneira. No domingo à noite, com a sua conhecida falta de modéstia, o bilionário anunciou que seu novo partido político, o America Party, pretende apoiar o Bitcoin. O motivo? Na visão dele, a moeda fiduciária está “sem esperança”.

Quando um usuário da plataforma X (antigo Twitter) perguntou se o partido abraçaria o Bitcoin, Musk respondeu em seu estilo direto: “A moeda fiduciária é sem esperança, então sim.”

Vale lembrar que moeda fiduciária é aquele dinheiro que não é lastreado em ouro, chocolate ou sequer em gasolina. É só papel que o governo decreta que vale alguma coisa. E os Estados Unidos, claro, são campeões nesse modelo — o dólar também é fiduciário, embora ambicione dominar o mundo.

O anúncio de Musk veio apenas um dia depois de ele proclamar, em alto e bom som, que o America Party estava oficialmente fundado. Segundo ele, o objetivo é nada menos do que sacudir o sistema bipartidário americano e restaurar a “liberdade” no país. No seu pacote de propostas, Musk quer cortar gastos do governo, controlar o déficit e, aparentemente, ensinar o básico de gestão financeira a Washington.

Nesse contexto, seu recente embate verbal com Donald Trump ganhou ainda mais cor. O ex-presidente assinou há pouco um projeto de lei de gastos públicos que Musk classificou como uma “abominação repugnante”, com direito a todo o drama emocional. Trump, por sua vez, não deixou barato e — em seu costumeiro tom diplomático — chamou o partido de Musk de “ridículo” e disse que o bilionário está completamente “fora dos trilhos”.

Aliás, essa não é a primeira vez que Musk flerta com a ideia de reformar o governo. Antes, ele lançou o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE — sim, como a criptomoeda do cachorro), sugerindo maneiras de cortar os gastos federais. Afinal, quem melhor do que um bilionário para ensinar o governo a economizar dinheiro?

E assim seguimos: enquanto uns imprimem dinheiro, outros fundam partidos e brincam de sacudir a economia no X. Eleitores americanos, apertem os cintos!